Ruiva

Três ou quatro pontos depois da escola? É a pergunta que me martelava a cabeça quando enfim passei pela tal da escola. Na dúvida, acabei descendo no próximo ponto mesmo. Colinas verdejantes, terras não tão distantes. Fui, mesmo sem saber direito pra onde tava indo. Seguindo reto, sempre em frente. “O ponto em que ela estiver é o certo”.

Mas ela não tava em nenhum ponto! E minha saga pra achar o lugar continuava, seguindo retão. Olhar de relance pra placa e saber onde tá é uma boa, e foi o que fiz. “Pelo menos a rua eu acertei”. Me senti uma anta zarolha por não ter anotado nada, nem a rua, nem o número, nem em quantos pontos depois da escola descer. Saco… Tava eu, seguindo em frente, com essas divagações na cabeça, quando ouço uma voz doce e delicada dizer (uso “dizer” porque vozes desse tipo não se usam pra gritar): “Ei, espera!”.

Eu reconheceria essa voz em qualquer lugar do mundo… Paro um instante, e me viro devagar. Uma figurinha carimbada, rosto bem conhecido, os cabelos ruivos irradiando toda sua energia e sua cor ao mero toque radiante da luz do sol… Um cumprimento ofegante entre os dois, e é preciso voltar, passei reto do lugar certo… Mas, de qualquer modo, cheguei!

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